domingo, 14 de fevereiro de 2016

POEMA ENCOMIÁSTICO PARA SUSAN BOYLE


Quando cantaste, meu Deus,
Foi por todos nós que tu nasceste!

Tua grandeza foi espargida no mundo,
Quando cantaste...

Quando chegaste pequena, na imensidão do mundo,
Não esperavam que tivesses tanto...

Pregaste uma peça, 
E os que te julgavam arrependeram-se.

Reivindicaste, voz eólica de raros fulgores,
Teu espaço no universo carente de ti...

Sonho acordado viveste, 
Fizeste rir tua mãe e teu pai orgulhar-se. 

E agora, estrela fulgente, 
Que lembrada sejas para sempre...

Precisamos de ti para mostrar ao mundo
Que nós, os pequenos, temos muito a concretizar!

Émerson Cardoso
14/02/16


ODE AO QUE É NADA

Paisagem luzente
De verdor e paz
Distante convida
A deleites mil...

Ao aproximarmos
Nossos pés do verde:
Escorpiões correm,
Víboras rastejam...

O que era belo
Deixa de ser paz
E instiga distância
E fomenta angústias.

Émerson Cardoso
14/02/16

APOLOGIA AO DIA DE AMANHÃ

“Sempre que os ventos forem favoráveis / E houver um transporte disponível, não dorme;  / Quero ter notícias tuas".           
                                       (Shakespeare, em Hamlet)                                                                                                   
  

Hoje choveu tanta mágoa!
Pesadas nuvens caíram...
Amanhã cairão sorrisos
Sobre ti, amiga minha!

Ontem choveu tanta ausência!
Nuvens de prata irromperam...
Amanhã sorrisos amplos
Molharão tua face triste!

Amanhã, tenha esperança,
Verdes serão teus caminhos!
Teus olhos a refleti-los,
Farão poças de alegria!

Hoje a noite vem de dia
Em tuas pálpebras cansadas,
E sem luz está o aquário,
Mas o sol virá em breve!

Hoje choveu um temor
Deixando a vida sem graça,
Ontem foi noite sem sono,
Amanhã, porém, riremos!

Sobre ti, amiga minha,
A paz choverá indômita
E teus olhos se erguerão
Renovados para a luta!

[Émerson Cardoso]
23/01/2016