segunda-feira, 21 de janeiro de 2019
quinta-feira, 17 de janeiro de 2019
A CASA DO SÍTIO
À sombra de um tamboril,
Com flores eleitas no terreiro,
E porta aberta com mesa do santo à
mostra,
Sorria de taipa a casa, com verde na
cor e entreaberta janela.
Rústica escada de pedras,
Portas com duplas aberturas,
Pomar convidativo à espera
E vozes estridentes a confundirem-se cotidianas.
De fora, o vento a desejava
Com sedentas e cobiçosas mãos.
O tempo foi mais forte do
que o vento
E a atacou de dentro dos cômodos
com crueldade explícita.
As janelas cerraram,
As portas despediram-se,
O verde ruiu nas paredes e flores
E as vozes, depois do pranto,
silenciaram.
Émerson Cardoso
17/01/2019
Assinar:
Postagens (Atom)