Sobre mim caiu um verso:
Papel corado que o vento abraça...
Brincando séria de fazer poema
Imagens dançam sob criativa marcha
Palavras nascem, crescem, reproduzem-se...
Vidrinhos frágeis contra pontiagudas pedras,
Facas que lambem dos olhos o branco,
Colorido ácido que a pele fere com perfurantes dentes:
Eis a poesia - da que séria brinca.
Resguardados estão, seus versos, em coerentes muros:
Força-frágil, janela-que-frestas-abre, significativas palavras...
Agora, resta absorver o que virá
Da alma sobressalente da poetisa:
Poemas podem ser cortantes,
Mas cicatrizantes também quando sussurram
Fugindo loucos do senso comum que nos espreita...
Tu és, merece que se diga:
(Além da inteligência explicitada)
Uma sóbria, densa e exímia poetisa.
(Émerson Cardoso)
25/06/14