Setembro riu de mim com seu olhar ferino
Deslizou ousado na ponta dos meus dedos
Construiu silêncios em minha boca austera
Vestiu de ventanias meus passos em busca de
Quase me fez cair no precipício de improvável paz
Antes, serpenteou sorrindo, como sempre, e riu de mim
Setembro sempre procura subterfúgios para mostrar
Que respira cinzas de um incêndio que em mim se deu
E, no sertão, calor e sol - flores morreram
Porque maio se foi saudoso e triste sem despedida
Agora, por alguns dias, esperarei setembro sumir
E quem sabe minhas mãos sejam reabastecidas
Quero novos rumos, novas ideias, novas cores
Setembro precisa trazer outubro e fugir para sempre!
24/09/14
Nenhum comentário:
Postar um comentário