DIMANCHE DE CAMOMILLE...
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
OBSCURECIMENTOS VESPERTINOS
Agora, como quem ri para dentro,
Meu rosto pesa tristeza e sombra
Sem que seja possível retardar dissabores.
E cada vez mais tenho silêncios
Que mastigo quebrando os dentes
Como quem precisa disso para sentir que vive.
domingo, 16 de novembro de 2014
INTROSPECTOS DOMINICAIS
Às vezes, quero a palavra
sem, de fato, querer encontrá-la,
porque melhor é viver em busca.
Agora, quero a palavra
que exprima a saudade do que não houve
e o desejo do que não sei - e quero.
Sempre me vejo à espreita da palavra
e, enquanto isso, os dias comem silêncios
para expelirem gritos na expressão mais necessária.
16/11/2014
sexta-feira, 7 de novembro de 2014
ODE AO GRITO DE RESISTÊNCIAS
Sou negro, sim!
Sim, negro sou!
Noturna pele
De vida-mor.
E não me venha
Dizer que não,
Quando eu quiser
Reivindicar.
E não me venha
Dizer que não,
Quando eu disser
Que vou lutar.
Resguardo o grito
Que me assegura,
Não tenho medo
De vis prisões.
Eu piso e quebro
Qualquer desonra,
Não tenho medo
De seus grilhões.
Eu me erguerei
Em cada queda,
Buscando força
E destemor.
Sou negro, sim!
Sim, negro
soul
:
Noturna pele
De vida-mor.
(Émerson Cardoso)
07/11/014
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