sexta-feira, 7 de novembro de 2014

ODE AO GRITO DE RESISTÊNCIAS



Sou negro, sim! 
Sim, negro sou!
Noturna pele
De vida-mor.

E não me venha
Dizer que não,
Quando eu quiser
Reivindicar.

E não me venha
Dizer que não, 
Quando eu disser
Que vou lutar.

Resguardo o grito 
Que me assegura,
Não tenho medo 
De vis prisões.

Eu piso e quebro
Qualquer desonra,
Não tenho medo
De seus grilhões.

Eu me erguerei
Em cada queda,
Buscando força
E destemor. 

Sou negro, sim! 
Sim, negro soul:
Noturna pele
De vida-mor.

(Émerson Cardoso)
07/11/014






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