sábado, 16 de maio de 2015

O MONGE

Meu corpo é mosteiro
De paredes espessas
E a alma cheia de medos grita aprisionada!

Monge que espera olhares de benevolência,
Minhas mãos vazias pedem envergonhadas
Um bocado de Deus que me valha e cure!

Não sei conjugar o verbo
Que me daria a mim mesmo
E aproximaria-me de Deus e sua paz...

Ando silente pelas ruas largas,
Fui expulso do paraíso.
Preciso me perder para me encontrar.

Meu hábito perdeu o tom,
Minhas sandálias me abandonaram,
Minha cela cerrada está...

Um dia, assim espero,
Quero vestir novamente o hábito
E ocultar-me do mundo em gregorianos cânticos

Somente assim
(Silencioso toque de Deus em minha fronte)
Terei a paz que o mundo de mim roubou!





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