Andávamos na mudança do século
Em três caminhos de ladeira e vida:
E a infância ia embora aos poucos.
Permanência ou fuga? Que futuro à espreita?
Cratera de medos e incertezas brincavam
Dentro de nós com mudez perplexa.
Um reencontro de almas em tempo ingênuo,
O mundo era paisagem de ipês tristonhos
E passarela alegre de melancolia e grito.
Um vento estranho nos despediu com aceno
De nunca-mais que nos fez redoer o rosto:
Quem somos, hoje, no olhar que erguemos?
Ipês florescem em lembranças tantas
Que as mãos se erguem mesmo distantes
A pedirem reencontro de amizade e vida.
Parece o tempo folhagem mórbida
Que exige de quem o teme menos silêncio
E floradas novas de alegria infinda.
Em três caminhos de ladeira e vida:
E a infância ia embora aos poucos.
Permanência ou fuga? Que futuro à espreita?
Cratera de medos e incertezas brincavam
Dentro de nós com mudez perplexa.
Um reencontro de almas em tempo ingênuo,
O mundo era paisagem de ipês tristonhos
E passarela alegre de melancolia e grito.
Um vento estranho nos despediu com aceno
De nunca-mais que nos fez redoer o rosto:
Quem somos, hoje, no olhar que erguemos?
Ipês florescem em lembranças tantas
Que as mãos se erguem mesmo distantes
A pedirem reencontro de amizade e vida.
Parece o tempo folhagem mórbida
Que exige de quem o teme menos silêncio
E floradas novas de alegria infinda.
Émerson Cardoso
29/02/2020
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