terça-feira, 17 de setembro de 2013

A ARTE DE SER LEVE


Leveza é dom distribuído
Com avareza por quem nos inventou
Por isto, quem a possui na face
Ou na abertura das mãos
Deve sentir-se privilegiado...

Não deve orgulhar-se deste dom
Quem o possui:
Orgulho não consta
Em humanos de leveza em profusão...

Leveza, dentre outras grandezas,
Encontra seu jeito de se mostrar
Sem que o portador a ostente
Ou precise ocultá-la...

Leveza passeia em almas
Sempre profundas: 
Caminhos estreitos alargam-se 
Para que estas almas possam passar...

Talvez ainda se consiga
Alcançar a nobreza desse dom
Os que, do seu inventor, não o receberam,
Mas há, sabe-se, tanta exigência:

Tolerância sem angústia,
Conhecimento sem arrogância,
Simplicidade sem subserviência,
Ausência de mágoas, de incompreensões, de orgulho...

... e de outras marcas soturnas
Que podem transtornar a alma.

Leveza é fardo de vento e riso
Asas etéreas canções dulcíssimas vento na face
Árvores dançantes agasalho sereno e paz

Leveza é tão mais-mais
Que faz a gente rir até em tardes amarelas de domingo!

Émerson Cardoso
(Em João Pessoa - PB, em 15/09/13)








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