Leveza é dom distribuído
Com avareza por quem nos inventou
Por isto, quem a possui na face
Ou na abertura das mãos
Deve sentir-se privilegiado...
Não deve orgulhar-se deste dom
Quem o possui:
Orgulho não consta
Em humanos de leveza em profusão...
Leveza, dentre outras grandezas,
Encontra seu jeito de se mostrar
Sem que o portador a ostente
Ou precise ocultá-la...
Leveza passeia em almas
Sempre profundas:
Caminhos estreitos alargam-se
Para que estas almas possam passar...
Talvez ainda se consiga
Alcançar a nobreza desse dom
Os que, do seu inventor, não o receberam,
Mas há, sabe-se, tanta exigência:
Tolerância sem angústia,
Conhecimento sem arrogância,
Simplicidade sem subserviência,
Ausência de mágoas, de incompreensões, de orgulho...
... e de outras marcas soturnas
Que podem transtornar a alma.
Leveza é fardo de vento e riso
Asas etéreas canções dulcíssimas vento na face
Árvores dançantes agasalho sereno e paz
Leveza é tão mais-mais
Que faz a gente rir até em tardes amarelas de domingo!
Émerson Cardoso
(Em João Pessoa - PB, em 15/09/13)
(Em João Pessoa - PB, em 15/09/13)
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