domingo, 27 de outubro de 2013

BALADA CONTRADITÓRIA


Em noite alta
Palavras vêm,
Mas falta algo
(Será alguém?)

Noite estrelada
Palavras vão.
Não falta nada
(Ninguém, ninguém...)

Que poesia 
Pode existir
Se ela vem
Depois se oculta?

O meu lirismo:
Canção tristonha
Que chora sempre
Ninguém escuta...

Noite tão alta
Palavras vêm,
Mas falta algo
Será alguém?

Ninguém, ninguém
Sozinha a vida
Parece festa 
De mil canções

Canções ferozes
Que lembram morte,
Solidão, dor, 
Melancolias...

Aonde ir?
Onde estará?
Quero palavras
Para cantar

Sem a palavra 
Que tanto busco
Há poesia? 
Acho que não...

Melhor assim
Querer alguém
Ninguém, ninguém
E solidão...

Ó Noite alta,
Onde a palavra
Que tanto busco
Que não me vem?

Ninguém me escute 
(Alguém, alguém!)
Falta-me algo
          Falta ninguém...          

Émerson Cardoso
(17/12/09 - 26/10/13)







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