Do alto de um prédio
Teu corpo tombou
Crepúsculo intenso
Ferindo o infinito
Aves assombradas
Depressa fugiram
O tráfego insone
Cessou a jornada
Teu corpo quebrou
No chão como vidro
Vozes se calaram
Olhares perplexos
Dizendo-me adeus
Zombaste de mim
Quando em desespero
Tentei segurar-te
Loucura no riso
Morbidez no olhar
Um grito medonho
Sem tréguas lancei
O mundo em silêncio
Chorou minha perda
No céu arrebol
No peito incerteza
Tristezas e sombras
Despiram-me a vida
Tentei resguardar-te
A força não tive
Caindo teu corpo
Ao chão foi o meu
Dois corpos reunidos
Imersos no adeus...
Émerson Cardoso
(05/12/13)
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