terça-feira, 15 de julho de 2014

IMAGENS

Roupas nos varais acenam,
Pedras, vento, solidão

Cenários austeros passam
Sem qualquer coloração

Choram que choram os seixos
Sentindo-se repisados

Na estrada altivo um cruzeiro
Verte sombra desolado

Olha-me o cinza vestido
Da moça de mãos tristonhas

De semblante ressentido
Por ter vida tão medonha

Para trás fica o cenário
Com sua gente desolada

Um bendito devotado
Guia o caminhão na estrada

Choram que choram as horas
Deslizando pelo caminho

Tendo ao lado tanta gente
Por que me sinto sozinho?

Choro com as horas choro
Sentindo-me triste e só

Cada passo um grito novo
Solidão que ri sem dó...



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