Que à mercê da própria sorte
Debulha preces sentidas:
Quem te dará proteção
Contra facínoras, crápulas,
Que te roubam vorazmente
Eleição pós eleição?
Ó cidade atormentada
Pela falta de respeito
De monstruosos políticos:
Quem brigará por tuas lutas
Quem te dará novos homens
Que resguardem teus valores
E que tenham gestos dignos?
Ó cidade inconformada
De trânsito insuportável
E precária infraestrutura:
Quem te vê que não deseja
Novos rumos, novas eras,
Renovação dos teus bairros,
A segurança nas ruas?
Ó cidade sobranceira
De nordestinas sapiências
E de imponente memória:
Quem salvará do abandono
Teus recantos e riquezas?
Esqueceram-se de ti
Desprezaram tua história...
Queria limpar-te as feridas
Lavar teus olhos chorosos
Verter abraços queria
Sobre ti, cidade minha!
Queria salvar-te, Juazeiro,
Dar-te futuro honroso
Abrir-te as mãos com preclaras
Aconchegar-te em meu peito...
Ó cidade resistente,
Tenho pouco para dar-te:
Meus versos inconformados
São um presente simplório...
Mas os entrego, saudoso,
E espero ver-te, quem sabe,
Assistida e refulgente
A vestir novas roupagens!
15/07/14
Lindona, poeta! Sempre escrevendo muito.
ResponderExcluirObrigado pela gentileza!!!
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