Alicerce, portas, paredes não-mais.
Homens prosseguem abrindo úlceras.
Mulheres revolvem peles com dedos apodrecidos.
Cacos de vidros raspam ossos.
Intransigentes pregos martelados nas unhas.
O baixar dos olhos em cada cuspida.
Desfile fraterno em tapete de hostilidades.
Sangue e água na refeição dos homens.
Silêncio apenas – porque guardado o grito.
Qualquer nota exibiria
Meu desejo de engolir músculos cardíacos.
No chão, meus pés vazios trazem dentes afiados.
Émerson Cardoso
24/09/2016
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