Lua
de mortalha aberta em riso amargo,
Que
esperas de mim:
Que
eu te implore do amor cruentas fráguas
E humilde
aceite o sepulcro aceso que me queres dar?
Escorpiões
me espreitam em tuas sendas, Lua,
Mas
pele não tenho para urticante agrado.
Quero
silêncio em meus pés compungidos
E solidão
em meus cadentes olhos...
Amor?
Não, Lua, não creio, não devo, não careço!
Perfurado,
o peito aspira pouco
E por
estar sozinho não perderei a paz!
Émerson
Cardoso
07/11/16
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