Guardo um frio estranho que me perpassa
Vil nublação numa janela obtenho:
Que este aspecto lúgubre se desfaça!
Cresce o silêncio em minha casa fria
Um mausoléu de eterna solidão
Por que tão triste a vida se faria
Nos átrios de ânsias do coração?
Espera... Que sensação angustiante!
É espasmo de sentida violência
Como um grito de loucura ocultar
Espera... Sensação dilacerante!
Presença que se faz maior na ausência
Imagem de quem chega sem estar...
Émerson Cardoso
(04/01/07)
(Poema apresentado e publicado por ocasião da I Mostra de Poesia "Abril para Leitura", do CCBNB - Cariri, em 2011)
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