terça-feira, 13 de agosto de 2013

SONETO DE QUEM ESPERA ESPERANTEMENTE


À espera... Que pensamentos tenho!
Guardo um frio estranho que me perpassa
Vil nublação numa janela obtenho:
Que este aspecto lúgubre se desfaça!

Cresce o silêncio em minha casa fria
Um mausoléu de eterna solidão
Por que tão triste a vida se faria
Nos átrios de ânsias do coração?

Espera... Que sensação angustiante!
É espasmo de sentida violência
Como um grito de loucura ocultar

Espera... Sensação dilacerante!
Presença que se faz maior na ausência
Imagem de quem chega sem estar...

Émerson Cardoso
(04/01/07)

(Poema apresentado e publicado por ocasião da I Mostra de Poesia "Abril para Leitura", do CCBNB - Cariri, em 2011)

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